ARTIGO DE AUTORIA DE CÁTIA VELOSO EM PARCERIA COM ANNA CLAUDIA PEREIRA
A primeira impressão é a que fica.
Permita-nos discordar!
Nós, autoras deste artigo, podemos falar de camarote! Quando nos conhecemos, as primeiras impressões, não foram das melhores. Uma estava de estômago vazio e super mal-humorada, a outra estava se sentindo “invadida” pela visita.
Fato é que, se a relação destas autoras fosse se desenvolver com base neste primeiro encontro, ela seria péssima! Ou talvez nem existisse.
Mas, tempo ao tempo, encontros depois, e com o reconhecimento de vulnerabilidades e pré-julgamentos, conseguimos construir algo único! Uma amizade iniciada no mundo corporativo e que dura mais de 6 anos!
Quantas vezes vocês estiveram diante de uma situação semelhante? Diante de uma pessoa que consideravam de um jeito e, logo depois de conhecer um pouquinho mais, mudaram a opinião? E quantas vezes as pessoas dizem que tinham determinadas impressões da gente e mudaram com o passar do tempo?
Observem que as primeiras impressões desempenham um papel crucial em como nos relacionaremos com alguém; além de moldar a nossa percepção inicial, acabam influenciando nossas expectativas. A maneira como nos apresentamos pode despertar confiança, interesse e conexão emocional forte, como também pode criar uma enorme barreira e distanciamento.
Vamos admitir também que não há como conhecer profundamente uma pessoa logo de início. Porém, para que tenhamos relações interpessoais mais profundas, é necessário desenvolver algumas habilidades comportamentais que fazem toda a diferença.
Nos perdoem aqueles que acreditam em amor a primeira vista! Não vamos questionar esse sentimento super passional aqui!
É bastante comum que nosso primeiro olhar sobre alguém seja focado na aparência física, tom de voz, trejeitos. No entanto, precisamos ir além e sermos capazes de enxergar mais elementos da personalidade, das motivações, da história de vida do outro. A partir dessa perspectiva mais ampla é que será possível evitar julgamentos precipitados, baseados apenas em estereótipos ou aparências superficiais.
Imaginem só quantas oportunidades podemos perder pelo simples fato de ter uma opinião inicial sobre alguém, sendo que na verdade a pessoa é muito mais do que aquela imagem?
Quando nos colocamos de maneira intencional no papel de “criador de conexões”, fica mais fácil compreender as emoções do outro, seus anseios, suas experiências; isso é sair do trivial. O comum é não nos preocuparmos com isso e perder a chance, talvez única, de praticar a empatia e criar laços duradouros com alguém.
Aos amigos que trabalham com compliance, recursos humanos, auditoria interna, controles, atendimento ao público, psicanálise… Não precisa avaliar e pré julgar situações e personalidades é premissa funcional! Esse olhar de julgamento prévio atrapalhará a execução de suas tarefas, que prescinde tanto da imparcialidade e escuta ativa.
Sim! Não conseguimos falar de relações interpessoais, empatia, e não mencionar a habilidade da escuta ativa. Quando conhecemos uma pessoa, é fundamental ouvir de forma atenta e concentrada o que ela tem a dizer.
Somente através da escuta ativa é que seremos capazes de compreender outros sinais da linguagem não verbal que a pessoa está transmitindo, como por exemplo, o tom de voz, as expressões faciais, o contato visual, o movimento das mãos, e isso contribui para uma análise mais completa sobre aquele indivíduo.
Dessa forma, é possível criar um ambiente de confiança e respeito mútuo, onde fazemos a pessoa se sentir valorizada e compreendida. Do contrário, não será possível construir um relacionamento saudável.
Deixamos aqui algumas dicas valiosas sobre como criar melhores primeiras impressões:
– Pratique a empatia: entenda que o outro não é igual a você, que tem experiências e visões de mundo diversas e entenda suas emoções e perspectivas;
– Desenvolva e aprimore a escuta ativa: demonstre interesse genuíno, preste atenção aos detalhes e observe as nuances da comunicação;
– Esteja com disposição para enxergar além das aparências: busque conhecer o lado humano da pessoa, suas motivações e experiências de vida;
– Evite julgamentos precipitados: lembre-se de que uma primeira impressão pode ser superficial, dê espaço para conhecer a pessoa em um nível mais profundo;
– Viva a experiência: cada pessoa é única, esteja disposto(a) a se surpreender e a conhecer novas perspectivas e histórias de vida.
As primeiras impressões ao conhecer uma pessoa são poderosas e podem influenciar a maneira como nos relacionamos com ela. Mas aqui vale a máxima: “Fotografia não é filme!”.
Ao desenvolver a conexão com empatia, praticar a escuta ativa e enxergar além da imagem, temos a oportunidade de criar laços mais genuínos e significativos. Ao adotar uma abordagem empática de compreensão e aceitação, cultivamos relacionamentos mais profundos e enriquecedores, repletos de aprendizado e crescimento mútuo.